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A Escola Secundária de
Felgueiras está de parabéns! Conhecidos os resultados do concurso literário «Uma Aventura 2018», promovido
pela editora Caminho, foi com uma enorme satisfação que recebemos a notícia de
que os alunos Francisca Gomes
Dias, Matilde Marques Figueiredo,
Maria Teixeira Ferreira, João Fernando
Honrado Pereira, João Miguel Lopes
e Jorge Rodrigo Rodrigues Pinto
(todos da turma 7.º B) foram premiados na modalidade de «Teatro», integrando o
rol de vencedores a nível nacional neste certame.
Endereçamos aos seis alunos e aos
professores envolvidos neste projeto as nossas maiores felicitações!
Partilhamos com toda a
comunidade escolar os textos dramáticos premiados.
*
A Lenda de Dédalo
Cena 1
(Sala do trono
ricamente decorada, com estátuas de mármore dos lados; trono dourado e
imponente; sentado nele, o Rei Minos; de pé e em posição inferior, o arquiteto
Dédalo)
Rei Minos (com autoridade) – Dédalo, mandei chamar-te porque, mais
do que nunca, preciso de ti!
Dédalo (intrigado) – Majestade, é um gosto servi-lo. Mas em que
posso ajudá-lo?
Rei Minos – Preciso que uses as tuas invulgares capacidades
criativas e me construas um labirinto! Nele havemos de aprisionar essa criatura
horrorosa, nascida dos amores de minha mulher com um touro: o Minotauro não
pode ver mais a luz do dia!
Dédalo (pensativo) –
Será um grande desafio, mas pode contar comigo, Majestade!
Cena 2
(Sozinho, no mesmo
palácio e sala da cena anterior, o Rei Minos mostra-se abatido e muito
envelhecido)
Rei Minos – Passaram-se vinte e sete anos, desde que esse monstro
voraz foi aprisionado, mas o coração parte-se-me ao ver estes jovens a serem
levados em sacrifício! De nove em nove anos, tem-se repetido este terrível
ritual! A minha filha Ariadne foi ao porto da cidade vê-los… Francamente, não
sei como consegue!
Cena 3
(Uma multidão em
silêncio observa catorze jovens que acabam de chegar de Atenas; a princesa
Ariadne mostra-se agitada)
Ariadne – Coragem, formoso Teseu!
Teseu – Não te preocupes, Ariadne! (Com ar decidido) – Os dias do
Minotauro estão contados! Vou matá-lo!
Cena 4
(Teseu, sozinho, no
interior mal iluminado do Labirinto de Creta; mostra-se um pouco assustado)
Teseu – Este lugar é sinistro. Todo ele está repleto de ossadas
humanas e o meu coração cheio de horror… Apesar de me sentir perdido aqui, hei
de encontrar esse monstro e matá-lo! Mesmo que a coragem me falte neste
momento, sei que quando o vir ela voltará a correr nas minhas veias!
Cena 5
(Novamente no palácio
do Rei Minos, em Creta: este encontra-se de pé)
Rei Minos (furioso) – Dédalo, traíste a minha confiança! Apesar de
monstruoso, cabia-me a mim decidir sobre o futuro do Minotauro! Sinto-me
ultrapassado e ridículo!
Dédalo (à parte) – Como o coração humano é imprevisível. Agora que
nos livrámos do Minotauro, quer-me parecer que o verdadeiro monstro é este que
me castiga por ter feito uma boa ação!
Rei Minos – Serás encerrado no Labirinto que construíste e jamais
sairás com vida!
Cena 6
(De novo, no âmago do
labirinto)
Ícaro
(desesperado) – Nunca conseguiremos sair desta masmorra abominável!
Dédalo – Meu
filho, não existe no mundo um grande problema sem uma boa solução!
João Fernando Honrado
Pereira
João Miguel Lopes
Jorge Rodrigo Rodrigues
Pinto
*
A Lenda Da décima Terceira Fonte
Cena 1
(Interior de uma casa antiga e luxuosa; uma biblioteca em
fundo; candeeiros e sofás de época)
Dr.
Frobrig - Muito lhe agradeço
por me ter recebido aqui, na Três Cotovias!
Farmacêutico
Josef Becher - Toda a cidade de KarlovyVary simpatiza consigo, doutor!
O prazer foi nosso!
Dr.
Frobrig (entregando-lhe um papel dobrado) - Tal como o prometido, e antes de me ir embora, deixo-lhe
este presentinho!
Farmacêutico
Josef Becher (curioso) -Não me diga que é a tal receita mágica, de que me tinha
falado?
Dr.
Frobrig - Com certeza, o
prometido é devido!
Cena 2
(Interior de um laboratório; tubos de ensaio, almofariz, lamparina, especiarias)
(Interior de um laboratório; tubos de ensaio, almofariz, lamparina, especiarias)
Farmacêutico Josef Becher (obcecado) - Julgo que tenho já tudo o que é preciso: casca de
laranja, cravo, cardamomo, anis e pimenta da Jamaica. (Usando o almofariz) Há
horas que estou nisto. Não conseguirei pregar olho enquanto não descobrir o
mistério que se esconde nesta receita! Por Deus, não me lembro de estar tão
empolgado neste meu velho laboratório!
Cena 3
(Sala da Três Cotovias; a família está reunida em torno
do patriarca)
Filha mais velha - Meu pai, estou tão feliz por si! (com entusiasmo) Este
licor sabe mesmo bem, é absolutamente delicioso!
Mulher do Farmacêutico Josef Becher - Penso que podemos fazer um ótimo negócio com ele, mas
precisamos de um nome apelativo.
Filha de Farmacêutico Josef Becher - E se lhe chamássemos Amarga Inglesa! Afinal, tem um travo amargo!
Farmacêutico JosefBecher - O nome não é mau, mas podia ser melhor.
Mulher do Farmacêutico Josef Becher - E se fosse licor Becherovka!
Farmacêutico
Josef Becher - Perfeito! A tua ideia é ótima: assim ficará batizado. Já
estou a imaginar o rótulo nas garrafas!
Mulher
do Farmacêutico Josef Becher - E se te perguntarem pela receita?
Farmacêutico
Josef Becher - Dizemos que este licor brota na décima terceira fonte da
nossa linda cidade, deKarlovy Vary.
Mulher
do Farmacêutico Josef Becher -Josef, isso é uma grande desonestidade!
Farmacêutico
Josef Becher - Querida, o segredo é a alma do negócio!
Matilde Marques Figueiredo
Francisca Gomes Dias
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