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| Foto: Lorenzo Ravasco |
O fogo permitiu cozinhar alimentos, a roda
criar meios de deslocação mais rápidos, a agricultura fez com que o ser humano
passasse de apenas coletor para produtor, a escrita produziu mudanças na
comunicação, no registo e passagem de informação, a revolução industrial
implicou uma evolução rápida e criação das cidades. Atualmente, como grande
fator de alteração do comportamento humano, temos a Internet.
Com um grande crescimento e alcance à escala
mundial, a Internet “rodeou” o mundo. Como muitas outras invenções e
descobertas, esta tecnologia surgiu numa altura de conflito e de guerra, num
contexto militar, indo, contudo, muito mais além do que aquilo para que fora
criada originalmente: permitir a comunicação com as tropas da frente a uma
certa distância. Esse propósito ainda está na base da Internet e define as suas
principais características, visto que permite a comunicação de um ponto do
planeta com qualquer outro (até nos antípodas.
Hoje o ser humano depende dela tremendamente e
em diferentes aspetos, graças à sua acessibilidade. Enquanto nos tempos
medievais um rei que pretendesse enviar uma mensagem urgente por meio de um
mensageiro que se dirigia a cavalo para o destino podia precisar de semanas ou
meses, atualmente qualquer um de nós envia uma mensagem e consegue resposta em
questão de segundos!
A Internet tem grande impacto pela influência
que exerce em praticamente todas as áreas. No comércio é possível encontrar um
conjunto de lojas “online”, que encaminham os produtos diretamente para casa do
cliente. Relativamente à educação, estão a ser postas em prática novas técnicas
de ensino e de autoaprendizagem, só possíveis pela (quase infinita) quantidade
de informação e recursos disponibilizados pela rede.
Por outro lado (e é a sua faceta menos
positiva), a Internet tem levado a que a interação física perca espaço para a
interação virtual existente. As “redes sociais” parecem ganhar terreno, onde a
socialização, o convívio e a intimidade familiar o estão a perder. A par disso está
a perda de controlo de informação e de dados pessoais que, quando partilhados na
grande rede digital, abre um perigoso caminho de invasão, exposição e
voyeurismo, a que se juntam fenómenos de roubo e cibercrime.
A Internet tornou-se, portanto, um fator de
mudança, capaz de moldar nova sociedade e os comportamentos humanos, que já se
apresentam em grande parte dela dependentes, para bem ou para mal dos nossos
pecados.
Rafael
Dias
(12.º I – Curso Técnico de Gestão e Programação
de Sistemas Informáticos)
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